Hoje seria o dia mais pesado de todo o trajeto em termos de altimetria acumulada. Seriam uns 40 km. de asfalto e uns 50 km. de chão. Tomei um bom café e ao visualizar a rua, vi que a programação inicial tinha que ser cancelada. Pretendia visitar a estátua do Cristo Redentor, que fica num morro nas proximidades da cidade e da rodovia RS-129. Deixei para ver hoje, pois imaginei que o tempo amanheceria limpo e tiraria belas fotos. Pontos turísticos de Guaporé.
Às 07:45h. saí da cidade rumo ao Autódromo de Guaporé.
Contornando a autódromo pela direita por uma estrada de chão, retornei a RS-441 com destino a Vista Alegre do Prata. Logo peguei uma boa descida até o Rio Carreiro e, consequentemente, começaria a subida.
A desvantagem entre descer e subir foi minha, pois teve uns 4 km. a favor e uns 7 km. contra até chegar no topo. Parada logo no início do morro para tirar uma camada da roupa e seguir com muita atenção, pois o acostamento não é muito largo, a neblina era forte e os carros vem cortando por dentro nas curvas. Quando escutava o barulho dos carros ou acelerava um pouco mais ou retardava o pedal, para que pudessem me ver na parte mais reta da rodovia.
Vencida a subida, cheguei em Vista Alegre do Prata, aonde parei para comprar um isotônico e dar uma calibrada nos pneus.
Novamente chão e mais para frente à esquerda asfalto de novo pela RS-355, para chegar em Fagundes Varela.
Parada na cidade para tomar um guaraná e escutei o pessoal conversando num dialeto italiano. Pesquisando, encontrei referências ao talian.
Na saída de Fagundes Varela, logo após o portal comi um prato feito, num posto de gasolina, com direito a uma sopa de agnolini (capeleti). Muito bom.
Percorri mais uns 5 km. de asfalto e segui reto para Vila Flores por chão, com direito a boas subidas.
Atravessei reto a BR-470 e segui pela RS-437, sentido Antonio Prado. O trecho inicial estava interrompido para veículos, pois estavam fazendo pavimento com pedras, por uns 6 km.
De agora em diante a brincadeira começou a ficar muito boa. Longas descidas e subidas. Mesmo embalando bem, ficava difícil de vencer no pedal. O peso dos alforjes e as pedras soltas dificultavam bastante.
Neste momento que comecei a empurrar a bike me lembrei de uma frase do saudoso amigo Valdo (que começou a volta ao mundo em 2009 e faleceu no Novo México (informações em Pedalando pela Paz). Ele dizia, "abaixo de 4,5km/h. eu prefiro caminhar, pois movimento outros músculos".
Cada um sabe os seus limites e não é nenhum demérito a um cicloturista/ciclista usar o empurra bike.
Logo em frente começou uma descida forte de 4,5 km. para chegar na barragem do Rio da Prata, aonde tem uma hidrelétrica tipo PCH.
E de agora em diante, a paciência vai ter que dominar o pedal por uns 6 km. Parada a uns 1,5 km. para o lanche da tarde e acumular energias para subir o restante.
Na topo da subida parei num bar para tomar um guaraná, em Vila Santana (pertence a Antonio Prado). Novamente pessoal conversando em dialeto italiano.
Mais em frente tive que parar para trocar toda a roupa de cima, pois o frio estava chegando no final da tarde e eu estava muito suado em função da subida.
Mais em frente, na Vila Caravággio, dobrei à direita pegando a RS-448, passando pelas comunidades de Linha 2 de Julho, Vila São João, aonde em seguida começou o asfalto com 8 km., passando por Vila Nova Treviso, até chegar em Nova Roma do Sul.
Esta belo cenário foi para encerrar as fotos do dia.
Chegada na cidade às 18:45h., aonde fiquei no Hotel Itamarana. Um bom banho, um jantar à la minuta e cama, pois o frio estava chegando e o cansaço ainda mais.
Altimetria máxima: 716m.
Altimetria mínima: 252m.
Bom saber que você continua com excelente entusiasmo na prática do cicloturismo
ResponderExcluirDesejo que essa alegria e força seja permanente e te permita conquistar muitas fronteiras...
Muito boa essa viagem.
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