A ansiedade para a subir a Serra do Rio do Rastro me fez sair cedo da cama. A partir de hoje eu teria um companheiro, que conforme escrevi no dia 1 da viagem, irei relatar melhor agora como nos encontramos. A princípio faria uma viagem solo, mas como a família fica extremamente preocupada, coloquei um post lá no fórum do Pedal, para ver se tinha alguém interessado em me acompanhar. A data sugerida inicial era no início de outubro. Coincidência ou não, quem me respondeu foi o Lyra, que já o conhecia de alguns pedais com o grupo do qual faço parte Odois Expedição e Cicloturismo e que tinha o mesmo objetivo de roteiro depois de Lauro Müller.
A sua viagem foi denominada de Serras do Sul e na qual o acompanhei no dia 02, por ser próximo de Joinville. Hoje seria o dia 09 para o Lyra.
Acertamos os detalhes de data (mudada para setembro) e do ponto de encontro, cada um iniciando a sua viagem no devido tempo para permitir o encontro de hoje. Hoje ele desceria a serra e voltaria a subir comigo.
O dia amanheceu bonito e com baixa temperatura, mas depois foi nublando. Tomei o café às 07:40h. e fiquei aguardando.
Ontem à tarde (sábado) e hoje de manhã (domingo) fiquei observando o trânsito na frente da pousada. Por ser final de semana, a procura para subir/descer a Serra do rio do Rastro é muito grande, principalmente de motos de grandes cilindradas.
O Lyra chegou um pouco antes do horário combinado (10:00h.) e aproveitou para tomar um café também, pois saíra da pousada em Bom Jardim bem cedo e sem o devido lanche, para não se atrasar.
Às 10:20h. iniciamos o percurso do dia.
Pequena parada para tirar as blusas. O aquecimento já estava pronto.
Já tinha passado algumas vezes na serra de carro, tanto subindo como descendo, mas a sensação de pedalar, subindo e com carga, é totalmente diferente. A pista de concreto serrilhado (segurança em dias de chuva e principalmente quando cai neve) ajuda ainda mais a segurar a velocidade que já é bem baixa.
A montanha parece inexpugnável e a cada curva vencida, é um momento de grande prazer.
As paradas foram constantes para dar um refresco na frequência cardíaca, pois o motor 6.2 (faltavam poucos dias para ser turbinado para 6.3) combina muito bem com um velho ditado: devagar e sempre.
A paciência e principalmente o incentivo do Lyra, foram fundamentais para que eu vencesse este gigante.
Tivemos que colocar as blusas novamente, pois devido a altitude a temperatura foi baixando.
Extenuados, mas extremamente alegres, chegamos ao topo às 13:30h.
O nosso destino do dia era a fazenda de um grande amigo em Bom Jardim, o Wilson (de camisa branca), que já tinha nos recepcionado lá em Lages ( eu e o Lulis) quando da nossa viagem para Erechim.
Mas antes paramos numa churrascaria para repormos todas as calorias consumidas.
Sentimos muito a ausência do Wilson, mas como estava com um problema sério de coluna, não pode se deslocar de Lages.
Em 2.005, um ano antes de parar minha atividade profissional, o Wilson foi o meu incentivador na volta ao ciclismo, que pratiquei intensamente na minha adolescência e juventude em Brusque.
Fomos muito bem recepcionados pelo capataz da fazenda, Sr. Anastácio, sua esposa Dona Tereza e o neto Gabriel. Foi um prazer revê-los, pois por diversas vezes já estive no local com a esposa, para aproveitar a tranquilidade e a beleza da região e, principalmente para desfrutar da companhia agradável da Glória e do Wilson.
Chegamos às 15:55 h. e aproveitamos para lavarmos algumas peças de roupas, passá-las na centrífuga e estendê-las lá fora no varal. A noite, Dona Tereza enquanto preparava um belo jantar, preocupada com as roupas úmidas, colocou as peças em volta do fogão a lenha, para que a nossa roupa estivesse seca ao amanhecer.
O dia seguinte prometia ser de muito frio ou até com neve, apesar de ser início da primavera.
Pelo Seu Anastácio poderíamos adentrar a madrugada, pois histórias para narrar a sua vida não lhe faltam. Ele possui uma memória primorosa e a gente se sente como se estivesse vivenciando cada momento do passado.
Mas como o próximo dia prometia ser puxado, tratamos de nos recolher e aproveitar a bela cama com diversas cobertas, para o merecido repouso.
Km. do dia: 35, com altimetria acumulada de 1.528 m.
Track: aqui
Agora tem mais um dente na coroa do coroa. Passou para 6.3
ResponderExcluirCaramba! O motor tá zerado! Subir a Serra do Rio do Rastro, comer um churrasco e jantar ao fogão de lenha não é para qualquer um não! Parabéns! Quando eu chegar no 6.3 (falta pouco!) quero estar com todo esse apetite! Abraços.
ResponderExcluirWaldson: estamos todos no mesmo barco. A sua vontade de realizar essas andanças cicloturísticas é a mesma que nos mantém ativos. Abcs e venha um dia para SC para conhecer as nossas belezas.
Excluir