Acordei bem cedo para arrumar as tralhas e pegar o primeiro horário do café, que acabou atrasando um pouco para estar na mesa. Mas às 07:20h. comecei o pedal com bastante frio e um belo início de manhã.
Logo na saída da cidade no sentido de Marau, pela RS-324, pude perceber que as informações recebidas pelos ciclistas de Passo Fundo, citados no relato do Dia 1 da viagem, condiziam com a realidade. Rodovia esburacada, tráfego intenso, parte do acostamento virando pista em função dos buracos, o que exigia todo o cuidado para pedalar no que sobrava do acostamento.
Após uns 3 km., acessei a estrada de chão à direita, na qual pude seguir bem mais tranquilo.
Hoje e ontem com sol, as estradas já estavam secas e dava para pedalar sem preocupação com o barro. Por um trecho encontrei alguns caminhões com caçambas, que acredito carregavam material de uma pedreira que visualizei no google earth e que fica as margens do rio Jacuí. Rio este, que nasce nesta região e vai por 800km. até a bacia do Guaíba.
Parada para o lanche matinal, com direito dentre outras coisas, ao grostoli ou cueca virada (para nós catarinenses, orelha de gato), comprado no dia anterior.
E os diversos tons de verde continuavam a abrilhantar o caminho. Passei pelas comunidades Posse Boa Vista, São Caetano e Nossa Senhora do Carmo.
Peguei uma parte pequena da estrada da Rota das Salamarias. Quem passar pela região é interessante conhecer este caminho. Salamaria é o local onde se faz o salame. No mês de junho existe a Festa Nacional do Salame em Marau.
Em Marau aproveitei para almoçar, pois no dia anterior tinha feito apenas lanche neste horário. O local escolhido foi o restaurante Divino Gourmet, comida a quilo. Muito bom.
Em todas as viagens carrego frutas secas, biscoito integral, bolachas e outras coisas e, na maioria das vezes, prefiro o lanche no almoço. Me sinto mais leve e o meu organismo se adapta muito bem. Na janta tento recompor as energias.
Saindo de Marau, o maior objetivo do dia era alcançar a Cascata Maringá no pequeno município de Vila Maria. Segui para a comunidade de Santo Agostinho, com direito a boas subidas.
Para chegar na cascata, entrei primeiramente pela parte de cima do Arroio Jordão da qual ela é formada. Pegando dica com agricultores que estavam trabalhando bem próximo, passei por cancelas, segui por uma trilha particular e cheguei numa cachoeira que não tem nome, que fica antes da principal. O acesso foi por uma escadaria de madeira já em mau estado de conservação.
Logo abaixo deste ponto estava a borda da Cascata Maringá, mas por estar de sapatilha e sozinho, resolvi não arriscar para chegar lá por uma trilha bem íngreme..
Logo o caminho desce por uma parte não pedalável, devido a muitas pedras, aonde cheguei numa cerca, aonde joguei a bike por cima da mesma e cheguei na rua para ir para a cascata.
A Cascata Maringá tem 54m. Maiores informações.
Fiz uma parada/lanche para apreciar toda esta beleza, revigorando as energias. Pena que já era final de tarde, pois gostaria de ter ficado um bom tempo por lá.
Segui por mais um trecho de chão e saí na RS-324 para enfrentar os últimos 11km. de asfalto até Casca.
Ao chegar na cidade às 18:15h. pela rodovia, escutei alguns gritos e assovios e observei a minha direita que pessoas estavam me chamando numa loja de bike. Fui até lá e rolou aquele papo já conhecido de ciclista. De onde vem, para onde vai, qual sua idade, entre outras. Uma turma muita simpática e agradável. A loja é a Tribike.
O papo estava bom, mas o frio estava chegando e precisava trocar a roupa suada. Fui para o hotel Farol que fica do outro lado da rodovia.
Após um banho, fiz uma refeição à la minuta num local próximo e de volta ao hotel, só agradeci por ter saúde e vontade de pedalar por estes interiores.
A passagem pela cascata foi o ponto alto do dia e de toda a viagem.
A passagem pela cascata foi o ponto alto do dia e de toda a viagem.
Km. do dia: 76
Altimetria máxima: 745m.
Altimetria mínima: 476m.
Altimetria acumulada: 1.251 m.
Track (roteiro): aqui
Keep cascating, Mister, keep cascating! Um grande! ;)
ResponderExcluirShow, lendo os relatos viajei junto.
ResponderExcluirValeu Jedson.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirGrande exemplo seu Antônio. Parabéns e a Tribike estará sempre a sua espera.
ResponderExcluirGrande exemplo seu Antônio. Parabéns e a Tribike estará sempre a sua espera.
ResponderExcluirObg. Raquel. Esse é o nosso intuito, tentar incentivar as pessoas, principalmente as que já tenham passado dos 60 anos. A Tribike de Casca ficou marcada para mim.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirTudo doido cara, tudo doido.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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