Dia amanheceu com uma garoa fina, nublado e com a temperatura ainda mais baixa. Como o dia estava programado para visitarmos o cânion Fortaleza (49 km. de ida/volta), fomos tomar o café às 07:30h. e aguardar um pouco para ver se haveria alguma melhora nas condições climáticas.
Como o tempo foi passando e nada mudou e, também na incerteza de ficarmos um dia parado e não termos garantia de que o próximo seria melhor, resolvemos seguir viagem rumo a Canela.
O objetivo inicial da minha viagem era chegar de bike em Porto Alegre para visitar o irmão mais novo da mulher, como relatei no primeiro dia da viagem.
Durante os dias que pedalei com o Lyra, consensamos que de Canela (ou Gramado) em diante iríamos de ônibus, pois este trajeto que seria via asfalto passando por Cachoeirinha, já era conhecido por nós e além de ter o problema do trânsito (existência de ciclovias ou não) na entrada de Porto Alegre.
Às 08:40h. saímos da pousada e aproveitamos parar na praça central, já que era nossa rota do dia.
Galeteria O Casarão.
Esta é para quem não acredita que estávamos falando de frio.
Centro Cultural Dr. Santo Bornéo. Construção de 1.935.
Portal de saída de Cambará. O trajeto do dia seria todo por asfalto, via RS-020.
Antes do trevo da localidade de Tainhas (confluência com a RS-486), a chuva que tinha iniciado com uma garoa se intensificou. A sensação térmica era abaixo de zero e tive que usar sacos plásticos zip nas luvas para não congelar os dedos.
Paramos no Café Tainhas para um lanche. O retorno para a estrada não foi nada agradável, pois o processo de esfriar e esquentar demora um pouco.
Ao chegarmos no trevo de São Fco. de Paula, resolvemos entrar na cidade para comermos mais alguma coisa. A chuva continuava forte. Enquanto fazíamos o lanche, o corpo esfriou e com as roupas molhadas pela chuva e pelo suor, uma sensação de tremor foi tomando conta do corpo.
Como no dia de amanhã iríamos viajar de Canela (que já conhecíamos) para Porto Alegre de ônibus, resolvemos antecipar em função do tempo. Para tanto tínhamos que ver se existia horário/passagem para a capital gaúcha. Encontramos às 15:30h. Sobrava meia-hora para conseguirmos autorização para levar as bikes e trocarmos de roupas. Foi uma correria só. Lyra foi em lojas próximas da rodoviária conseguir umas caixas de papelão para proteger um pouco as bikes. Enfim, tudo acertado, zarpamos mas com um pequeno problema. O trajeto no sentido Taquara, logo no início tem muitas curvas descendo e o Lyra enjoa em viagem de ônibus. Como o comprimido só faz o efeito após algum tempo, ele chegou em Porto bem abatido. Chegamos na rodoviária às 18:30h.
Fomos ver passagem de ônibus para Joinville e Curitiba. A Pluma tinha um leito às 20:30h. O Lyra resolveu voltar de avião, pois deste jeito ficaria mais tranquilo com o problema do enjôo.
Ele aproveitou as caixas de papelão, desmontou o guidão e os pedais e com fita que carregava, fez uma embalagem para levar a bike num táxi até o aeroporto.
A Pluma apenas exigiu apenas que tirasse a roda da frente e não cobrou nenhuma taxa.
Aproveitei o tempo de espera para ligar o meu cunhado Marcos Aurélio que estava saindo do trabalho.
Conversamos por um bom tempo enquanto o Lyra acabava de ajeitar suas tralhas. Logo pegou um táxi e mais tarde me despedi do Marcos por estar próximo da minha partida.
Às 06:30h. estava de volta em casa.
Km. do dia (trajeto de bike): 72.
Track: aqui
Resumo de km. total da viagem: 632 km.
Altimetria acumulada total: 11.580 m.