Devido a pandemia, a parte alta do Circuito que pretendíamos acabar em 2020 foi prorrogada para iniciarmos nessa data. O Roteiro 1 foi realizado em 14/03/2020 e os Roteiros 2 e 3 em 15/03/2020.
Tralhas arrumadas, reservas nas pousadas feitas, partimos cedo de Joinville para Rodeio. O companheiro seria novamente o Dalri (Carlos Alberto), com quem fiz a parte baixa. Devido ao engarrafamento na chegada em Blumenau e também na BR-470, só conseguimos iniciar o pedal às 09:05h. O Marcelo, da Pousada Cama e Café Stolf gentilmente nos cedeu uma vaga de garagem para guardarmos o carro até o retorno.
Nem bem aquecemos, logo iniciamos a subida do Morro do Ipiranga ou o Caminho dos Anjos, que se estende por uns 8 km. Nesse ponto conhecemos um grupo de ciclistas paulistas e que tivemos contato nos três dias de pedal. Eles estavam sem alforges, pois contrataram uma empresa de cicloturismo para apoiá-los/guiá-los no trajeto.
O Caminho dos Anjos foi criado pelo agricultor Paulo Notari, que faleceu em junho de 2020, de causas naturais. Com a ajuda dos filhos, deixou montado um Cristo Redentor de 9 metros e 64 anjos com 2m. de altura cada um, espalhados pelo caminho. Além disso, plantou hortênsias pelas beiradas da estrada que foram se espalhando por toda a extensão do caminho, até o topo. Quem quiser conhecer um pouco da história do Sr. Paulo, veja aqui.
Parada novamente logo a frente, na Capela Nossa Senhora de Lourdes.
E de agora em diante é que começa a subida mais forte. Devagar fomos galgando o morro até chegarmos no topo, na altura de 744 m. Quem viaja com alforges tem que ter a combinação de muita paciência e força nas pernas. Além disso, já fazia praticamente 1 ano e meio que não viajávamos com peso. Na virada do morro já estávamos no município de Benedito Novo.
E agora teríamos pela frente um trecho basicamente de descida, de uns 11 km. Na altura da igreja de Alto Ribeirão Liberdade, às 11:50 h., paramos para o lanche/almoço.
Casa enxaimel.
Energias repostas, seguimos até a igreja Evangélica de Confissão Luterana do mesmo bairro (Ribeirão Liberdade). Acredito ser a única no Brasil com esse tipo de técnica construtiva (enxaimel).
Como precisava ir ao banheiro, procurei por um. Na lateral da igreja tinha um extremamente limpo e com papel higiênico em quantidade. Comentei com o Dalri e ele disse que foi lá na capela que passamos e, também estava muito bem higienizado. Cultura do local. Como sabem que a maioria dos ciclistas/cicloturistas param para as fotos, deixam o local sempre pronto para uso e com portas abertas.
Na passagem pela Cascata Salto Donner na entrada de Doutor Pedrinho, fiz questão de levar o Dalri até a base, via asfalto (SC-477) e uma pequena rua de chão de acesso, mas o decepcionei. O nível da água era muito baixo e tinha apenas um filete no paredão.
Estive anos atrás e fui premiado (maio de 2016). Viu Dalri, não o enganei, rsrsr.
Às 15:00 h. chegamos na Pousada Casa Nina e descarregamos os alforges. Partimos para a Cachoeira Véu de Noiva e depois voltamos (uns 20 km.), pois no dia seguinte não iríamos por esse caminho para o Alto Cedros (Lago Pinhal). Trecho todo asfaltado que vai sentido Rio Negrinho ou Itaiópolis.
Acesso a cachoeira por uma trilha de 1 km.
O acesso próximo a cachoeira está sendo reformado e terá um mirante na meia altura dos seus 63 m. de queda.
Um belo espetáculo da natureza.
Retorno a pousada às 16:50 h. Um bom banho e jantar na própria pousada, já incluído na diária.
Um dia nublado, ideal para um início de viagem.
Agradeço ao Dalri pela companhia.
Fotos: Heil e Dalri.
Km. do dia: 67,71
Altimetria máxima: 744 m.
Altimetria mínima: 80 m.
Altimetria acumulada: 1.504 m. (pelo Wikiloc)
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